RESERVA BOTÂNICA DE CAMBARINHO (loendros)

Localizada junto à povoação de Cambarinho, freguesia de Campia e concelho de Vouzela, a área é constituída por uma série de pequenas elevações e depressões onde correm pequenos cursos de água sazonais.
Na época de floração, entre maio e julho, esta planta proporciona um exuberante espetáculo natural, constituído por imponentes maciços arbustivos, de brilhante folhagem verde escura, cobertos por magníficas flores púrpuras.

Assim, esta torna-se, sem dúvida, a melhor altura para visitar esta área.
Coordenadas: N 40º 40′ 14” W 08º 11′ 56”

Loendros – uma beleza exuberante e fatal

Com o avançar da primavera, chega finalmente a época de floração dos loendros.
A flor deste arbusto tornou-se um símbolo da nossa região e o espetáculo da floração é absolutamente imperdível, sobretudo nos meses de maio e junho.
Trata-se de um arbusto de porte médio e crescimento espontâneo, cujas grandes e fartas flores roxas, pintam a paisagem aos milhares até perder de vista.
A toxicidade desta planta é bem conhecida, já que a ingestão de oleandrina ou neriantina, ainda que em pouca quantidade, pode levar um homem robusto à morte ou afligi-lo com uma série de sintomas desagradáveis.
Contudo, estar perto dos loendros não implica risco algum. Bem pelo contrário!
Saiba que os loendros são muito raros, que resistiram na nossa paisagem desde há 2 milhões de anos e que o frio da glaciação quase os extinguiu.
Mas, os “Rhododendron Ponticum L” subsistiram e deram origem à maior reserva de Rododendros da Península Ibérica, também conhecida como a grande mancha da Reserva Botânica de Cambarinho, situada na freguesia de Campia.
Não foi por acaso que os loendros sobreviveram aqui.
É que a nossa região favoreceu esta espécie com uma rara conjugação de fatores: solos ácidos e profundos, abundância de água e clima atlântico com muita chuva.
A importância e beleza deste local são conhecidas desde sempre, a nível nacional e internacional. Contudo, apenas em 1933 é que a zona veio a ser classificada como imóvel de interesse público e, mais tarde, em 1971, foi criada a Reserva Botânica de Cambarinho para fins de proteção ambiental desta espécie e de outras de elevado interesse conservacionista, como o azevinho ou o carvalho.

retirado de:

VOUZELAR – Associação de Promoção de Vouzela

Se vier observar a exótica floração dos loendros, não perca a oportunidade de percorrer o encantador percurso pedestre “PR2 – um olhar sobre o mundo rural”, que ali se inicia.
O PR2 é um percurso com cerca de 10km (circulares) e um grau de dificuldade médio, que proporciona uma experiência de imersão nos encantos e no silêncio da nossa ruralidade.

Propomos-lhe (nada menos que!) uma viagem no tempo!

Nos sítios arqueológicos da Lapa da Meruje ou no Castro do Cabeço do Couço poderá recuar 10.000 anos, até à nossa pré-história, e descobrir vestígios da Idade do Bronze.
Atravessando as aldeias típicas e cruzando-se com as nossas gentes sentirá que foi transportado para tempos idos, numa realidade bem distanciada das tecnologias atuais.

Pelo caminho, também não vão faltar locais para descanso, cenários para captar fotografias magnificas ou oportunidades para uma contemplação silenciosa da paisagem.
É que
Da fauna, à flora;
Dos imponentes blocos graníticos, à imensidão do silêncio;
Do atravessar as nossas aldeias por trilhos de pedra;
Do descobrir moinhos, espigueiros e alminhas;
Dos campos verdejantes, aos chocalhos do gado que pasta, tranquilo.
Da aldeia de Farves, à Couca dos Corvos;
Do pôr do sol sobre a ria de Aveiro, às delícias da nossa gastronomia.
Tudo são motivos que o farão querer cá voltar!

E se nos visitar na primavera, será recebido por este surpreendente tapete de flores púrpura…. uma homenagem rara dos loendros floridos aos seus visitantes!