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Capela

Capela de S. Martinho

S. Martinho - Altar da Capela

A capela de S. Martinho inclui-se na área arqueológica das Termas Romanas de S. Pedro do Sul e a sua construção original remonta ao século X
A capela, apesar de pequena no seu tamanho, é grande na sua história. A voz do povo, na sua tradição, diz que as pedras da capela de S. Martinho foram transladadas de um outeiro próximo ao castro do Banho para o lugar onde hoje se encontra, em tempo que se desconhece.
Documenta-se a partir de 1258, mas o seu orago pressupõe um culto mais antigo. Assim, face a algumas evidências arqueológicas, arquitetónicas e a certas cogitações históricas, relaciona-se a construção original da igreja de S. Martinho do Banho com a presença em Lafões do príncipe asturo-leonês Bermudo Ordonhes (filho do rei Ordonho I das Astúrias e irmão desavindo do rei Afonso III) e da sua corte, no primeiro quartel do século X.

Nesta capela, o nosso primeiro monarca, D. Afonso Henriques, deve ter ajoelhado e rezado, no ano de 1169, quando permaneceu com a sua corte no Banho de Lafões.
Já na Baixa Idade Média, a vetusta igreja entrou em ruína, sendo que lhe retiraram toda a ala basilical, ficando apenas a atual capela-mor de feição gótica, ostentando um arco ogival e a data de 1508.
O médico António Pires da Sylva (1696), refere que naquele lugar existiu uma igreja maior e mais antiga que era matriz de todas as igrejas circunvizinhas, acrescentando que a ela levaram a batizar S. Frei Gil e que ao tempo (1696) a capela estava posta nos alicerces da igreja velha, sendo concorrida por ladainhas que a visitavam a 20 de maio.
Quem vem e visita a capela fá-lo pela vetustez do lugar, reza, formula promessas e deixa ex-votos, quase sempre relacionados com os benefícios da fonte termal.

Fonte de S. Martinho (junto rio)

José Santos

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